Rio São Francisco (2000)

Em março/2000, seguimos o rio São Francisco, de bicicleta, pelas estradinhas mais próximas da margem possível, a partir da Hidrelétrica de Xingó até a cidade de Propriá.

Distância: cerca de 200 km (4 dias)

A equipe:

Paulo Rafael - Caloi Andes
Jorge Waquim

A viagem:

Levamos as bicicletas, de carro, para Canindé do São Francisco, cidade onde morava a irmã de Eliane - e que fica junto à Hidrelétrica de Xingó.

Naquela época, não havia gps nem ciclocomputador, os mapas eram ruins ou inexistentes, a gente seguia perguntando o caminho aos moradores. As fotografias eram limitadas à quantidade do rolo.

Dia 1 - de Canindé até Pão de Açúcar

Nesse dia, saímos de Canindé, passamos por Piranhas e seguimos por uma estradinha que acabava no meio do nada. Encontramos um rapaz com um barco e ele nos levou até alguns km adiante, à Entremontes, onde havia estrada novamente. Saindo de lá, um monte de subidas, tivemos um pneu furado no maior calor do meio-dia. Essa estrada de barro seguia por dentro de fazendas e lugarejos sem infraestrutura. Ficamos sem água por algum tempo, até que encontramos uma casinha e o dono nos deu água. Chegamos em um lugarejo onde havia um rio, e a ponte havia caído. Disseram para subir o rio que haveria uma pinguela. Subimos alguns km e encontramos esse pedaço de pau estreito. Atravessamos por ele, com as bicicletas no ombro. Chegamos em Pão de Açúcar por volta das 19h. De tanta fome, jantamos duas vezes.


 Canindé do São Francisco

 Hidrelétrica de Xingó

 Hidrelétrica de Xingó

 Rio São Francisco

 Perto de Piranhas (AL)

 Perto de Piranhas (AL)

 Na travessia para Entremontes

Na travessia para Entremontes

Dia 2 - de Pão de Açúcar até Porto da Folha

Seguimos a estrada de barro de Pão de Açúcar até Belo Monte. Lá, pegamos um barco à vela que nos atravessou para o outro lado do Chico, pois disseram que daquele lado (Alagoas) não haveria estrada. Do lado de Sergipe, seguimos uma estrada de barro por dentro de fazendas. Perguntamos o caminho para Porto da Folha e alguém nos disse que havia que descer um morro e que a gente não conseguiria nem a pé, de tão íngreme. Descemos pedalando, era quase como uma escada empinada. Já perto da cidade, meu bagageiro de canote (uma merda) quebrou. Levei a mochila nas costas até a cidade.


 Saída de Pão de Açúcar

 Laranjeiras

 Travessia de Belo Monte para Sergipe

 Travessia de Belo Monte para Sergipe

 Travessia de Belo Monte para Sergipe

Travessia de Belo Monte para Sergipe

Estrada para Porto da Folha

Dia 3 - de Porto da Folha até Gararu

Comprei e instalei um bagageiro de aço, o mesmo que uso até hoje. Seguimos por asfalto até Gararu, um trajeto relativamente curto. Do lado de Sergipe, a estrada se afastava do rio e era asfalto. Disseram que do outro lado, a partir de Traipu, havia estrada de barro acompanhando o rio. Encontramos um barqueiro para nos levar ao outro lado, mas ele só poderia no dia seguinte. Combinamos um horário com ele e nos hospedamos em uma pousadinha da cidade.

Dia 4 - de Gararu até Propriá

Atravessamos de barco para Traipu e seguimos por estradas de terra até Porto Real do Colégio. De lá, asfalto, cruzamos a ponte sobre o São Francisco e entramos em Propriá, já no final da tarde. Encontramos uma pousada junto da igreja.

Travessia para Traipu

 Em direção à Porto Real do Colégio

 Em direção à Porto Real do Colégio

Em busca da fronteira Alagoas-Sergipe

 Ponte sobre o São Francisco

Ponte sobre o São Francisco

Dia 5 - ônibus de volta para Recife

Nesse dia, fomos para a rodovia BR-101, esperar um ônibus para Recife. Passamos horas esperando em um posto de gasolina até que chegou o ônibus - e quase passava direto. Colocamos as bicicletas no bagageiro do ônibus do jeito que estavam. Em Recife, descemos na Cidade Universitária, antes da Rodoviária, e pedalamos para casa.

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